ESPAÇO URBANO
Conceitos
1) Espaço Urbano (cidade): local
onde se desenvolve as atividades dos setores secundário e terciário, além de abrigar
a sede do município e seus poderes executivo, legislativo e judiciário.
3) Município: unidade
político-administrativa delimitada legalmente, o qual possui uma área urbana
para ser a sede o do poder local.
Não é possível ter um município sem área urbana. Esta pode variar conforme o município. Há alguns em que a área urbana é maior que a área rural. Outros em que a área rural é maior que a urbana. Há ainda aqueles, como Santo André em que toda a área territorial municipal é urbana. Nesse caso, os municípios 100% urbanos, tem suas propriedades recolhendo o IPTU (imposto predial territorial urbano). Na RMSP, há municípios como Ribeirão Pires, Suzano, Mogi das Cruzes, Salesópolis, dentre outros que possuem atividade rural, e poderiam recolher o ITR (imposto territorial rural) - mais barato que o IPTU, mas não o fazem porque a legislação municipal determina que toda a área municipal seja urbana.
5) Tipos de cidades:
- Espontâneas ou naturais:
crescem de maneira natural, geralmente desorganizada, e com muitos problemas urbanos.
Típica de países subdesenvolvidos, que tiveram uma urbanização tardia. compõe a
maioria dos municípios brasileiros.
Brasilía - DF |
- Planejadas ou artificiais:
foram primeiro criadas em pranchetas de arquitetos e engenheiros, que projetam sua
fluidez e desenvolvimento a longo prazo, para evitar problemas urbanos. Casos
como Brasília, Palmas, Goiânia, Belo Horizonte.
No mundo em desenvolvimento a
urbanização é um fato recente. Isto porque a industrialização foi tardia, em
meados do século XX, atraindo grande contingente populacional para as cidades.
Estas, por sua vez, não estavam estruturalmente e logisticamente preparadas
para receber esse público de maneira tão rápida ocasionando diversos problemas
de ordem ambiental como a poluição, lixo, favelização, criminalidade, pereferização
do espaço urbano, consumo do espaço geográfico, desmatamento, caos no trânsito,
e nos serviços de saúde, educação.
6) Migração e Urbanização
Um dos fatores que levam ao
crescimento das cidades é a atração industrial. Quando a indústria chega em um
local, a cidade cresce e junto crescem os problemas. Dentre eles a favelização,
o acúmulo de lixo, as ocupações em áreas de risco, a falta de infraestrutura de
saneamento básico, transportes, pavimentação, além do consumo do espaço urbano,
e consequentes impactos ambientais.
A) Lixo
Talvez um dos principais
problemas urbanos dentro de uma sociedade de consumo é o descarte do lixo.
Existem algumas formas para destinação do material inaproveitável: lixões,
aterros sanitários, incineração, reciclagem.
Os lixões são as piores formas de
se descartar o lixo, pois não há nenhuma preocupação ambiental. São terrenos
que recebem o lixo de qualquer jeito, contaminam o solo, e é propagador de
vetores de doenças. Já os aterros sanitários é atualmente a forma mais
utilizada nas cidades. Constitui um terreno onde é dispostas camadas de lixo e
terra, com dreno para o chorume e tratamento do mesmo, além da queima dos gases
produzidos. O problema é que devido ao alto consumo da sociedade os aterros
estão no seu nível máximo de utilização, e há poucas opções de novos terrenos
em áreas urbanas. A incineração é mais utilizada para os materiais
contaminantes como os hospitalares. A reciclagem é uma forma sustentável de
reaproveitamento de materiais, e geração de renda para catadores, além de
retirar de circulação materiais que poderiam ser jogados em lixo comum.
lixão |
aterro sanitário |
aterro sanitário |
incinerador |
- as cidades espontâneas crescem de maneira RADIAL, ou seja, do centro para a periferia. Isso acarreta a formação bairros de baixa renda, com moradias precárias, pouca infraestrutura (saneamento, pavimentação, transportes, iluminação, telefonia). Geralmente nos bairros periféricos a ocupação ocorre de maneira invasiva, sem escrituração dos terrenos, e com a auto-construção, ou seja, sem acompanhamento técnico especializado. São moradias populares que ocupam beiras de córregos e rios, morros. O resultado deste tipo de ocupação são deslizamentos, enchentes, e a formação de mais áreas de risco.
Outra forma de ocupação são os
cortiços. São residências e prédios abandonados, geralmente em áreas centrais,
ocupados por famílias de baixa renda que vivem de maneira precária.
Com o crescimento das cidades, a
tendência é a verticalização. A construção de edifícios para suprir a
necessidade de moradias. Porém, surgem problemas como o aumento do trânsito nos
bairros, que não estavam preparados para receber o maior volume de carros.
cortiço |
deslizamento |
enchentes |
moradias precária |
C) Enchentes
As enchentes são provocadas por
diversos fatores: ocupação das várzeas dos rios e córregos que cortam a cidade,
impermeabilização do solo pelo concreto e asfalto, que fazem as águas pluviais
chegarem mais rapidamente aos rios, acúmulo de lixo nas ruas, e bueiros. Com o
aumento da população urbana, as tubulações de águas pluviais não estão
compatíveis com a realidade do crescimento da cidade, não comportando a vazão
das águas das chuvas. Além disso, a impermeabilização do solo provoca o
aquecimento exagerado da cidade, aumentando a quantidade de chuvas propícias
para provocar mais chuvas, e aumentando o potencial de alagamento.
D) Ilhas de calor
Nas áreas mais ocupadas, a
presença de asfalto e concreto eleva a temperatura. Em regiões menos ocupadas,
a presença da vegetação diminui a temperatura urbana. Dessa forma, o risco de
formação de zonas de chuvas com potencial de alagamento fica menor, e a
sensação térmica é mais amena. Geralmente nos centros urbanos a temperatura
local é sempre maior. A retenção de calor durante o dia e sua liberação à noite
somada à umidade presente no ar, pode provocar a formação de zonas de
instabilidade atmosférica, causando grandes tempestades. Enquanto nas zonas
menos ocupadas, o risco desse fenômeno é bem menor.
E) MOBILIDADE URBANA
Mobilidade= deslocamento na
cidade---->trabalho, tratamentos médicos, serviços, viagens, transporte de
carga, transporte de passageiros.
Formas de
mobilidade--->transporte coletivo (ônibus, trens, metrô) e individual
(carros)
Grande São Paulo--->população
é de aproximadamente 18 milhões--->frota de carros em torno de 8
milhões--->aumento dos congestionamentos-->aumento e gasto de
combustível, poluição do ar--->redução do poder de consumo das famílias.
Opção pelo transporte
individual--->má qualidade e da prestação do serviço do transp coletivo
-->prestação de
serviço-->lotação, horários atrasados, falta de manutenção, logística da
distribuição de linhas.
-->ônibus-->papel é de
alimentador dos bairros para terminais rodoviários e de ferrovias. Corredorres
de ônibus-->trólebus(expresso de alta velocidade e diretos=metrôs de
superfície) reduz o tempo de percurso. é uma opção para desaforgar os
congestionamentos. Solução no caso dos ônibus: melhorar a qualidade do serviço
prestado - frotas novas, mais linhas alimentadoras,
horários diversificados e redução no preço das tarifas.
--->trens
metropolitanos-->operado pela CPTM - Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos. Liga diferentes cidades da Gde. SP. Os trilhos são usados para
transporte de passageiros e de carga, fazendo atrasar os horários de viagens e
intervalos entre os trens. Varias estações construídas durante a década de 2000
na cidade de SP. Expansão das linhas esbarram na falta de recursos,
planejamento e topografia. (caso de Cumbica)
--->metro-->sistema mais
rápido para uma cidade como SP. Mas os custos são elevados. Cada KM custa em
média U$1 bi, devido à topografia e a geologia da cidade. Opera cerca de 76
estações, aproximadamente 65 km de linhas. Alternativa para sanar parte do
problema e levar esse transporte para as periferias é a construção do
monotrilho.