quinta-feira, 10 de abril de 2014

Resumo da aula sobre Espaço Urbano

ESPAÇO URBANO

Conceitos

1) Espaço Urbano (cidade): local onde se desenvolve as atividades dos setores secundário e terciário, além de abrigar a sede do município e seus poderes executivo, legislativo e judiciário.













2)Espaço rural (campo): local onde se desenvolve as atividades do setor primário.













3) Município: unidade político-administrativa delimitada legalmente, o qual possui uma área urbana para ser a sede o do poder local.



Não é possível ter um município sem área urbana. Esta pode variar conforme o município. Há alguns em que a área urbana é maior que a área rural. Outros em que a área rural é maior que a urbana. Há ainda aqueles, como Santo André em que toda a área territorial municipal é urbana. Nesse caso, os municípios 100% urbanos, tem suas propriedades recolhendo o IPTU (imposto predial territorial urbano). Na RMSP, há municípios como Ribeirão Pires, Suzano, Mogi das Cruzes, Salesópolis, dentre outros que possuem atividade rural, e poderiam recolher o ITR (imposto territorial rural) - mais barato que o IPTU, mas não o fazem porque a legislação municipal determina que toda a área municipal seja urbana.

4) Urbanização: investimento em infraestrutura urbana (pavimentação, saneamento, transportes), saúde, educação, segurança, e demais serviços necessários ao bom funcionamento da cidade e da qualidade de vida de seus moradores.

5) Tipos de cidades:
- Espontâneas ou naturais: crescem de maneira natural, geralmente desorganizada, e com muitos problemas urbanos. Típica de países subdesenvolvidos, que tiveram uma urbanização tardia. compõe a maioria dos municípios brasileiros.

Brasilía - DF
- Planejadas ou artificiais: foram primeiro criadas em pranchetas de arquitetos e engenheiros, que projetam sua fluidez e desenvolvimento a longo prazo, para evitar problemas urbanos. Casos como Brasília, Palmas, Goiânia, Belo Horizonte.

No mundo em desenvolvimento a urbanização é um fato recente. Isto porque a industrialização foi tardia, em meados do século XX, atraindo grande contingente populacional para as cidades. Estas, por sua vez, não estavam estruturalmente e logisticamente preparadas para receber esse público de maneira tão rápida ocasionando diversos problemas de ordem ambiental como a poluição, lixo, favelização, criminalidade, pereferização do espaço urbano, consumo do espaço geográfico, desmatamento, caos no trânsito, e nos serviços de saúde, educação.

6) Migração e Urbanização

Um dos fatores que levam ao crescimento das cidades é a atração industrial. Quando a indústria chega em um local, a cidade cresce e junto crescem os problemas. Dentre eles a favelização, o acúmulo de lixo, as ocupações em áreas de risco, a falta de infraestrutura de saneamento básico, transportes, pavimentação, além do consumo do espaço urbano, e consequentes impactos ambientais.

A) Lixo
Talvez um dos principais problemas urbanos dentro de uma sociedade de consumo é o descarte do lixo. Existem algumas formas para destinação do material inaproveitável: lixões, aterros sanitários, incineração, reciclagem.
Os lixões são as piores formas de se descartar o lixo, pois não há nenhuma preocupação ambiental. São terrenos que recebem o lixo de qualquer jeito, contaminam o solo, e é propagador de vetores de doenças. Já os aterros sanitários é atualmente a forma mais utilizada nas cidades. Constitui um terreno onde é dispostas camadas de lixo e terra, com dreno para o chorume e tratamento do mesmo, além da queima dos gases produzidos. O problema é que devido ao alto consumo da sociedade os aterros estão no seu nível máximo de utilização, e há poucas opções de novos terrenos em áreas urbanas. A incineração é mais utilizada para os materiais contaminantes como os hospitalares. A reciclagem é uma forma sustentável de reaproveitamento de materiais, e geração de renda para catadores, além de retirar de circulação materiais que poderiam ser jogados em lixo comum.

lixão


aterro sanitário

aterro sanitário

incinerador
B) Ocupação do espaço e moradia

- as cidades espontâneas crescem de maneira RADIAL, ou seja, do centro para a periferia. Isso acarreta a formação bairros de baixa renda, com moradias precárias, pouca infraestrutura (saneamento, pavimentação, transportes, iluminação, telefonia). Geralmente nos bairros periféricos a ocupação ocorre de maneira invasiva, sem escrituração dos terrenos, e com a auto-construção, ou seja, sem acompanhamento técnico especializado. São moradias populares que ocupam beiras de córregos e rios, morros. O resultado deste tipo de ocupação são deslizamentos, enchentes, e a formação de mais áreas de risco.
Outra forma de ocupação são os cortiços. São residências e prédios abandonados, geralmente em áreas centrais, ocupados por famílias de baixa renda que vivem de maneira precária.
Com o crescimento das cidades, a tendência é a verticalização. A construção de edifícios para suprir a necessidade de moradias. Porém, surgem problemas como o aumento do trânsito nos bairros, que não estavam preparados para receber o maior volume de carros.
cortiço

deslizamento

enchentes

moradias precária

C) Enchentes
As enchentes são provocadas por diversos fatores: ocupação das várzeas dos rios e córregos que cortam a cidade, impermeabilização do solo pelo concreto e asfalto, que fazem as águas pluviais chegarem mais rapidamente aos rios, acúmulo de lixo nas ruas, e bueiros. Com o aumento da população urbana, as tubulações de águas pluviais não estão compatíveis com a realidade do crescimento da cidade, não comportando a vazão das águas das chuvas. Além disso, a impermeabilização do solo provoca o aquecimento exagerado da cidade, aumentando a quantidade de chuvas propícias para provocar mais chuvas, e aumentando o potencial de alagamento.


D) Ilhas de calor
Nas áreas mais ocupadas, a presença de asfalto e concreto eleva a temperatura. Em regiões menos ocupadas, a presença da vegetação diminui a temperatura urbana. Dessa forma, o risco de formação de zonas de chuvas com potencial de alagamento fica menor, e a sensação térmica é mais amena. Geralmente nos centros urbanos a temperatura local é sempre maior. A retenção de calor durante o dia e sua liberação à noite somada à umidade presente no ar, pode provocar a formação de zonas de instabilidade atmosférica, causando grandes tempestades. Enquanto nas zonas menos ocupadas, o risco desse fenômeno é bem menor.

E) MOBILIDADE URBANA
Mobilidade= deslocamento na cidade---->trabalho, tratamentos médicos, serviços, viagens, transporte de carga, transporte de passageiros.
Formas de mobilidade--->transporte coletivo (ônibus, trens, metrô) e individual (carros)
Grande São Paulo--->população é de aproximadamente 18 milhões--->frota de carros em torno de 8 milhões--->aumento dos congestionamentos-->aumento e gasto de combustível, poluição do ar--->redução do poder de consumo das famílias.
Opção pelo transporte individual--->má qualidade e da prestação do serviço do transp coletivo
-->prestação de serviço-->lotação, horários atrasados, falta de manutenção, logística da distribuição de linhas.
-->ônibus-->papel é de alimentador dos bairros para terminais rodoviários e de ferrovias. Corredorres de ônibus-->trólebus(expresso de alta velocidade e diretos=metrôs de superfície) reduz o tempo de percurso. é uma opção para desaforgar os congestionamentos. Solução no caso dos ônibus: melhorar a qualidade do serviço prestado - frotas novas, mais linhas  alimentadoras, horários diversificados e redução no preço das tarifas.
--->trens metropolitanos-->operado pela CPTM - Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Liga diferentes cidades da Gde. SP. Os trilhos são usados para transporte de passageiros e de carga, fazendo atrasar os horários de viagens e intervalos entre os trens. Varias estações construídas durante a década de 2000 na cidade de SP. Expansão das linhas esbarram na falta de recursos, planejamento e topografia. (caso de Cumbica)

--->metro-->sistema mais rápido para uma cidade como SP. Mas os custos são elevados. Cada KM custa em média U$1 bi, devido à topografia e a geologia da cidade. Opera cerca de 76 estações, aproximadamente 65 km de linhas. Alternativa para sanar parte do problema e levar esse transporte para as periferias é a construção do monotrilho.