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Definição: todo o processo de transformação da
matéria-prima.
1) Tipos
de transformação:
a)
Artesanato: transformação manual, utilizando
ferramenta simples. O artesão participa de todo o processo de confecção da
peça. Portanto, acabam sendo peças únicas, e com todo processo manual.
Atividade muito desenvolvida até o fim da Idade Média. Ferreiro, carpinteiro,
alfaiate, tecelão, eram profissões valorizadas.
b)
Manufatura: nesse momento acontece a primeira
divisão do trabalho. Os artesãos que conseguiam acumular riquezas. Contratam
outros artesãos para produzir mais em menos tempo. Utilizam ferramentas simples
e manuais, mas o processo produtivo passa a ser dividido em etapas para
aumentar a produção. A divisão do trabalho estabelece a relação entre
patrão-empregado.
c)
Maquinofatura: é a junção de técnica com ciência.
Ficou conhecida como Revolução Industrial, centrada na Inglaterra, maior
potência mundial da época. Há a substituição da manufatura pela máquina a
vapor. É subdividida em três momentos:
- 1ª Revolução Industrial (sec XVIII-XIX): marcada pelo uso da máquina a vapor e do uso do carvão mineral como combustível. Assim, as primeiras cidades industriais foram sendo feitas no campo, próximo às minas de carvão. É nesse momento que há grande exploração da mão-de-obra operária. Baixos salários, grande jornadas de trabalho, péssimas condições de vida nas cidades.
- 2ª Revolução Industrial (segunda metade do sec XIX – primeira metade do século XX): substituição da matriz energética para o petróleo e energia elétrica. Introdução do modelo fordista de produção que consistia em produção em escala, em linha de produção. “Produção de massa, consumo em massa”!
- 3ª Revolução Industrial (sec XX até os dias de hoje): marcada pelo avanço da tecnologia, da medicina, genética, informática, mecatrônica e robotização.
2) Fatores
locacionais para a instalação de uma indústria:
a)
Mão
de obra;
b)
Matéria-prima;
c)
Energia
elétrica;
d)
Sistema
de transportes;
e)
Malha
viária para escoamento de produção;
f)
Mercado
consumidor;
g)
Sistema
de abastecimento de água e coleta de esgoto;
h)
Capital
financeiro;
i)
Infraestrutura
urbana;
j)
Telecomunicações;
k)
Incentivos
fiscais.
3) Tipos
de Indústria:
a) Quanto à tecnologia:
Indústria
tradicional: utiliza
equipamentos sem automação, mecanizada, e com muita mão de obra. Típica de
países subdesenvolvidos, ou com parque industrial precário
Indústria
Moderna: já utiliza
grau de automação maior, alta produtividade, e mão de obra especializada.
Porém, com partes da produção com dependência direta de mão de obra. Ex:
automobilística.
Indústria
de ponta: utiliza
alto grau de automação, com recursos avançados de robótica, e mão de obra ultra
especializada, pagando altos salários. Ex: informática, aeroespacial.
b) Quanto
ao acabamento:
Indústria de base: transforma a matéria-prima bruta em
matéria-prima para as outras etapas da industrialização. Ex: siderúrgicas e
petroquímicas
Indústria de bens de capital ou bens
de produção: produz
os equipamentos e maquinários que serão utilizados para produzir os bens de
consumo.
Indústria de bens de consumo: são aquelas que produzem o produto
final a ser consumido. É subdividida em:
- Bens duráveis: carros, eletroeletrônicos;
- Bens semi duráveis: roupas e calçados;
- Bens não duráveis: remédios,
alimentos, bebidas.
c) Indústrias
sustentáveis
São
aquelas que desenvolvem práticas sustentáveis de não agressão ao meio ambiente.
Possuem logística para evitar o desperdício de produção, otimizar a
produtividade, economizar no consumo de energia e água, tratamento de efluentes
líquidos e gasosos, política de recursos humanos humanizada, captação de água
de chuva, utilização de água de reuso, redução de uso e desperdício de
materiais descartáveis, política de reciclagem de materiais.
Esta
é uma tendência muito solicitada no mercado internacional. As indústrias que
possuem práticas ambientais corretas recebem certificação ISO 14000, conferindo
mais qualidade no produto final.
4) Características
da indústria brasileira.
·
Industrialização
tardia. Inicia com Getúlio Vargas na década de 1930, com a criação das
indústrias de base estatais. (Petrobrás, Companhia Siderúrgica Nacional – CSN,
Companhia Vale do Rio Doce - mineração);
·
Concentrada
na região sudeste em especial em São Paulo, principalmente em função da riqueza
gerada pela economia cafeeira;
·
Na
década de 1990 começa o processo de descentralização da indústria, que começa a
buscar novas regiões brasileiras como o Nordeste, atraídas pelo crescimento
econômico impulsionado pela globalização, e pelos atrativos fiscais. Com isso,
a região metropolitana de São Paulo sofre uma drástica desindustrialização,
gerando desemprego.
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